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Cplp lança campanha para recolher fundos para segurança alimentar

Cplp lança campanha para recolher fundos para segurança alimentar

Iniciativa “Juntos contra a Fome” decorre em simultâneo nos oito países-membros; FAO diz que fundos a serem recolhidos serão investidos no acesso à terra, tecnologia, mercados e crédito.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique acolheu, esta quinta-feira, o lançamento da campanha “Juntos contra a Fome” para angariar fundos para a produção alimentar e combate à malnutrição.

A iniciativa envolve a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, no âmbito da parceria com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Acesso a Recursos

Falando à Rádio ONU, de Maputo, o representante da FAO na Cplp, Hélder Muteia, disse que o alvo é a sociedade civil. Os valores recolhidos nos oito países-membros devem ser investidos para o acesso à terra, à tecnologia, aos mercados e ao crédito.

“Temos muitas iniciativas e muitos projetos, mas faltam recursos. Com esta campanha, a ser desenvolvida no estilo ‘telefood’, que são as campanhas que a FAO já vem desenvolvendo em muitos países, vamos poder mobilizar empresários, a sociedade civil e cidadãos comuns para que façam o seu donativo e possamos ter uma cesta comum, que possam ser investidos em atividades de produção agrícola e também em atividades de combate à malnutrição.”

Critérios

O lançamento foi feito em Maputo pelo líder moçambicano Armando Guebuza, no âmbito da presidência rotativa do bloco lusófono. No evento, estiveram representantes da diplomacia de todos os Estados-membros.

Na primeira campanha que envolve todos os países do bloco, serão usados os media e a telefonia móvel. Hélder Muteia disse que já foram definidos os critérios de aplicação dos valores a serem arrecadados.

Cesta Comum

“Portugal tem uma situação mais ou menos estabilizada. Brasil está a alcançar grandes resultados com as políticas públicas que estão a implementar. Sabemos que Cabo Verde está numa situação mais avançada. Mas a ideia é que nós possamos olhar para os países que têm maiores necessidades, como o caso de Moçambique, Guiné-Bissau, Angola e Timor-Leste. Mas também todos os outros países, porque as iniciativas não são apenas no campo da produção ou do apoio aos camponeses. Há iniciativas que são mais organizacionais, no campo dos mercados. A ideia é que possamos distribuir recursos em função das prioridades e em função das necessidades.”

Em julho do ano passado, a FAO e a Cplp lançaram uma estratégia bienal de segurança alimentar.