Passar para o conteúdo principal

Unesco repudia a morte do cinegrafista Santiago Andrade BR

Unesco repudia a morte do cinegrafista Santiago Andrade

Para Diretora da agência da ONU, assassinatos de jornalistas são um golpe para toda a sociedade; profissional da TV Bandeirantes morreu na segunda-feira, após ser atingido por um rojão enquanto cobria uma manifestação no Rio de Janeiro.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura divulgou em Paris um comunicado em repúdio à morte do cinegrafista brasileiro Santiago Andrade. A Unesco é a agência da ONU com mandato para defender a liberdade de imprensa.

A diretora da Unesco, Irina Bokova, afirmou estar muito preocupada com a morte do profissional da TV Bandeirantes. Andrade morreu na segunda-feira, após ser atingido por um rojão enquanto filmava uma manifestação no Rio de Janeiro.

Treinamento

Segundo Bokova, assassinatos de jornalistas “são um golpe para toda a sociedade” e por isso, ela pede medidas para melhorar a segurança dos profissionais de mídia, que muitas vezes trabalham em locais perigosos.

A chefe da Unesco pede às corporações de mídia que treinem seus funcionários para essas coberturas perigosas. Bokova diz que as forças de segurança e o público em geral precisam estar cientes do status dos jornalistas durante manifestações, como a ocorrida no Rio, onde Andrade foi gravemente ferido.

Direitos Humanos

Somente no último ano, a Unesco já condenou seis assassinatos de jornalistas no Brasil.

Também esta quinta-feira, o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, informou estar preocupado com o aumento da violência durante protestos públicos no Brasil.

O representante do Unodc no país, Rafael Franzini, apela aos manifestantes para que não recorram à violência e lembra que o diálogo e a manifestação pacífica são essenciais. Por isso, Franzini espera que o respeito aos direitos humanos prevaleça no Brasil.

A morte do cinegrafista Santiago Andrade já havia sido condenada na terça-feira, pelo representante da ONU para os Direitos Humanos na América do Sul, Amerigo Incalcaterra.