Guterres pede a países latinoamericanos que ajudem os refugiados

Alto comissário da ONU quer que as nações da região defendam a causa dos refugiados e dos deslocados por causa de conflitos ou violência; ele afirmou que países devem expandir o processo de asilo.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterrres, pediu aos países da América Latina e do Caribe que defendam a causa dos refugiados e dos deslocados por causa de conflitos e violência.

Guterres disse que as nações da região devem expandir o processo de concessão de asilo e também implementar um alto padrão de proteção para as pessoas atingidas por anos de perseguições e de abusos dos direitos humanos.

Embaixadores

O pedido do alto comissário da ONU foi feito esta quinta-feira em uma reunião, em Genebra, com embaixadores dos países da área.

O encontro marcou o aniversário de 30 anos da Declaração de Cartagena sobre Refugiados.

As comemorações pela data vão culminar num evento ministerial em Brasília, em dezembro, quando os países devem adotar um novo Plano de Ação para ampliar a proteção às pessoas deslocadas e apátridas pelas próximas décadas.

Oportunidade

Guterres afirmou que a Declaração de Cartagena dá a região das Américas uma nova oportunidade para implementar sistemas mais justos de asilo, como também, para encontrar soluções sustentáveis para o problema.

Criado em 1984 tendo como base os conflitos na América Central, o tratado serve como instrumento regional para a histórica e generosa prática de concessão de asilo para os que precisam desse tipo de proteção.

O alto comissário da ONU está confiante de que os países da região vão unir esforços para garantir o bem estar e a segurança dos migrantes, especialmente de mulheres e crianças.