ONU pronta para resgatar vítimas de cheias que mataram 50 no Burundi
Escritório da organização no país aponta receios de que número de mortos seja muito maior; somente na capital, mais de 400 casas foram destruídas após chuvas intermitentes iniciadas neste domingo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório das Nações Unidas no Burundi manteve, nesta terça-feira, um encontro com várias entidades no país para abordar a resposta coordenada às cheias.
Entretanto, continua a busca de mortos devido às inundações que desde a noite de domingo afetam a capital, Bujumbura. As autoridades apontam para pelo menos meia centena de mortos descobertos nesta segunda-feira.
Deslizamentos
A Rádio ONU conversou com o encarregado de Informação do Escritório das Nações Unidas no Burundi, a partir da principal cidade do país. Vladimir Monteiro citou os deslizamentos de terra como a causa do maior número de mortos.
“Bujumbura situa-se numa planície rodeada por montanhas. Quando há chuvas, a parte baixa é sempre tocada. Foi o que aconteceu, contam-se oficialmente 51 mortos mas, infelizmente, pode haver muito mais”, revelou.
Efeitos
A representação emitiu uma nota a manifestar solidariedade e condolências ao governo, ao povo e às famílias afetadas.
Mas Monteiro disse que a formação de técnicos burundeses para prevenir efeitos devastadores do tipo de fenómeno, faz parte da assistência a ser dada a longo prazo às autoridades do país dos Grandes Lagos.
Catástrofe
“Fala-se, oficialmente, de mais de 400 casas destruídas. Por conseguinte, os problemas têm a ver com alojamento, com a alimentação, com os cuidados básicos da população. A resposta das Nações Unidas é no sentido de trabalhar com o governo e ver como resolver essa catástrofe humanitária.
De acordo com o representante, o escritório colocou meios ao dispor do governo para apoiar a busca de pessoas escondidas na lama ou nos escombros.
Agências noticiosas apontam para corte generalizado de energia e para a perda de plantações.