Tunísia deve ser exemplo de resolução de disputas políticas, diz ONU
Representante da organização participa na cerimónia de entrada em vigor da nova constituição do país; formação de novo governo e previsão de eleições gerais vistos como sinais promissores na transição.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas afirmaram que, três anos após as reformas, a Tunísia deve ser exemplo que supera o limite regional no diálogo e no compromisso para resolver disputas.
Nesta sexta-feira, a capital, Túnis, acolhe a cerimónia oficial para celebrar a promulgação da nova constituição aprovada no domingo. O evento conta com a presença do director-geral do Gabinete da ONU em Genebra, Michael Moller.
Lei Fundamental
O representante divulgou uma mensagem no âmbito da efeméride, na qual defende que além da adopção da nova Lei fundamental há sinais promissores para o futuro da transição. Trata-se da formação de um novo governo e da previsão de organização de eleições legislativas e presidenciais.
Agências noticiosas revelam que a expectativa é que a votação ocorra até ao fim deste ano.
Conforme apontou, em 2011 a Tunísia abriu o caminho para a reforma democrática, a igualdade económica e a liberdade na região.
Diálogo
Apesar de destacar “muitos desafios para a unidade e segurança”, Moller disse que o país deve continuar comprometido em cumprir os objectivos da revolução através do diálogo e do consenso.
Para a fase seguinte, pediu que os atores políticos continuem a priorizar os interesses do país e a garantir que as etapas da transição sejam realizadas de forma pacífica, inclusiva e transparente.
Ajuda Internacional
A comunidade internacional é instada a aumentar o apoio aos esforços de consolidação da democracia tunisina, e para que o país enfrente os desafios económicos colocados adiante.
Moller refere que o reforço das instituições democráticas previstas na Constituição devem ajudar a promover a responsabilidade e o Estado de direito com respeito pleno dos direitos humanos.
Quanto ao crescimento económico, o representante disse que deverá prosseguir de forma equitativa e sustentável.