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Mali: Conselho de Segurança realça risco de perturbação sem quadro politico

Mali: Conselho de Segurança realça risco de perturbação sem quadro politico

Órgão pede vigilância perante o que considera contexto de disparidades; visita ao país realça progressos como desocupação, libertação de prisioneiros e início do processo de acantonamento.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Após visita do Conselho de Segurança ao Mali, uma delegação do órgão afirmou que a ausência de um quadro político inclusivo vem acompanhada do risco de aproveitamento por parte do que chamou  "perturbadores."

Em comunicado que marca o fim da primeira deslocação ao país, desde domingo, o Estados-membros pedem vigilância, particularmente para o que consideram  contexto de desafios assimétricos.

Golpe

As eleições legislativas de dezembro marcam a tentativa de retorno à ordem constitucional no Mali, na sequência do conflito entre o governo e os rebeldes islamitas que tomaram o norte. Os combates agravaram com o golpe de Estado que derrubou o antigo presidente Mamadou Toumani Touré, em finais março do ano passado.

No país da África Ocidental, o grupo do Conselho  disse ter notado um claro desejo da busca de uma solução sustentável para as crises recorrentes por parte de todos os intervenientes do Mali.

Prisioneiros

Os aspetos elogiados pelo órgão incluem a desocupação de alguns  locais, a libertação de vários prisioneiros e o início do processo de acantonamento como esforços empreendidos pelo Comité Técnico de Monitorização de Segurança e da Comissão Técnica Conjunta de Segurança.

Mas o Conselho realça o que chama de “certa desaceleração no processo.” Por isso, insta às partes ao empenho nas discussões com vista à busca de uma solução sustentável e sem pré-condições.

Desmobilização

Além de reunir com as autoridades malianas, foram mantidos encontros com grupos armados, sociedade civil e representantes da comunidade internacional.

Para o Conselho, um quadro político é necessário no Mali para consolidar ganhos de segurança e incentivar o  acantonamento que deve conduzir a um verdadeiro processo de desarmamento, desmolizacao e reintegração.