Maioria de migrantes a cruzar Mediterrâneo foi da Síria e da Eritreia
No ano passado, OIM diz que 45 mil seguiram com destino à Itália e Malta; nos últimos seis anos, número de chegadas só foi ultrapassado com o impacto da crise líbia em 2011.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou esta terça-feira, que a maioria dos migrantes que cruzou o Mediterrâneo no ano passado veio da Síria, com 11,3 mil, e da Eritreia, com 9,8 mil.
A Somália aparece em terceiro lugar, com 3,2 mil dos mais de 45 mil migrantes que seguiram com destino à Itália e a Malta.
Proteção
A agência destaca que todos foram efetivamente forçados a deixar os seus países de origem e têm o direito de receber proteção ao abrigo da lei italiana.
O número de chegadas é considerado o mais alto desde 2008, à exceção de 2011 o ano da crise Líbia.
Sul da Itália
O diretor de Escritório de Coordenação da OIM para o Mediterrâneo, em Roma, disse que este ano regista-se um aumento do fluxo para as costas do sul da Itália.
José Angel Oropeza disse que as fugas são motivadas por guerras e o que chamou de “regimes opressivos.”
Marinha
Até a última sexta-feira, 204 imigrantes foram resgatados pela Marinha italiana no Estreito da Sicília tendo desembarcado em Augusta, próximo da cidade de Siracusa.
No ano passado, a Itália foi o destino de mais de 42,9 mil migrantes, enquanto 2,8 mil desembarcaram em Malta. As ilhas italianas de Lampedusa e de Siracusa tiveram mais de 14 mil migrantes, cada uma.
*Apresentação: Denise Costa.