Navi Pillay quer investigação sobre violência no Egito
Alta comissária para os Direitos Humanos menciona protestos em massa que deixaram dezenas de mortos na capital, Cairo; ela pede aos manifestantes que realizem ações pacíficas.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos expressou forte preocupação com o aumento da violência no Egito. Esta segunda-feira, Navi Pillay pediu investigação sobre os incidentes que causaram várias mortes no país.
Pillay também fez um apelo por “moderação”, após “ataques terroristas repreensíveis”, segundo ela, incluindo a ação que matou 62 pessoas na capital Cairo, no sábado.
Respeito
A alta comissária espera que os egípcios deixem de usar a violência. Ela lembra que as forças de segurança têm o papel de respeitar o direito a protestos pacíficos.
Navi Pillay destaca ser importante que as autoridades cumpram com sua obrigação internacional de garantir que todos os civis possam se reunir de forma pacífica e exercer a liberdade de expressão sem medo da violência ou medo de serem detidos.
Detenções
Por outro lado, a alta comissária pede aos manifestantes que garantam protestos pacíficos. Pillay condena “ataques violentos” contra a polícia e as forças de segurança.
Segundo a alta comissária, as pessoas do Egito tem o direito de seguir com suas vidas sem o medo da violência. Ela também está preocupada com relatos de prisões relacionadas aos protestos e pede que essas pessoas sejam liberadas, ou se acusadas de algum crime, que sejam levadas à justiça.
A recente onda de violência no Egito surge com o aniversário de três anos da revolução do país. O movimento tirou do poder o então presidente Hosni Mubarak depois de 30 anos na presidência.
No ano passado, novos protestos levaram à saída do novo presidente, Mohamed Morsi. Atualmente o país está sob o comando de um governo interino e as eleições presidenciais podem ocorrer em abril.