Perspectiva Global Reportagens Humanas

Violência étnica, assaltos e crime organizado ameaçam Cote d’Ivoire

Violência étnica, assaltos e crime organizado ameaçam Cote d’Ivoire

Relatório do Secretário-Geral realça necessidade de punir crimes que incluem a morte de deslocados e de capacetes azuis; documento destaca ameaças de desaparecimentos e a falta de segurança.

Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas acompanhou nesta segunda-feira, o relatório do Secretário-Geral sobre a Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.

Além de destacar progressos no país, o documento apresentado pela representante de Ban Ki-moon no país, Aichatou Mindaoudou, faz menção a episódios de violência.

Respeito

A também chefe da Missão das Nações Unidas, Onuci, recomendou a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos humanos com vista ao sucesso da reconciliação nacional.

Conforme destacou, os incidentes recorrentes de violência étnica ou intercomunitária, os assaltos à mão armada e o crime organizado continuam a ameaçar a segurança e a estabilidade. Conforme relatou, as forças de segurança nacional ainda precisam passar por grandes reformas, havendo que desfazer-se de elementos envolvidos em incidentes e abusos.

Falta de Segurança

Mindaoudou disse não haver uma posição clara quanto ao destino de algumas pessoas, tendo explicado que a falta de segurança pode colocar em perigo os direitos dos cidadãos.

Em finais de  2010, o país foi alvo de uma onda de violência pós-eleitoral entre simpatizantes e opositores do atual presidente Alassane Ouattara.

Apesar do que chamou medidas razoáveis tomadas pelas autoridades até ao momento, considerou a situação frágil.

Justiça

O relatório considera crucial o fim da impunidade e das violações dos direitos humanos, ao pedir que os responsáveis sejam levados à justiça independentemente da sua filiação política ou estatuto.

Uma das maiores preocupações apontadas é a falta de progressos quanto à apresentação à justiça dos autores de ataques cometidos em 2012. Os atos incluem investidas ao acampamento de deslocados de Nahibly e a morte de sete soldados da paz das Nações Unidas.