Perspectiva Global Reportagens Humanas

Oposição e governo sírios examinam Comunicado de Genebra nesta terça BR

Oposição e governo sírios examinam Comunicado de Genebra nesta terça

Informação foi dada pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, após reunião entre os dois lados nesta segunda-feira; ponto mais sensível refere-se à permanência do presidente Bashar al-Assad num governo de transição.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Representantes do governo e da oposição da Síria devem examinar o Comunicado de Genebra nesta terça-feira durante o encontro de ambas as partes na sede da ONU na cidade Suíça. 

A informação foi dada pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi que está chefiando as negociações para a resolução do conflito.

Aspecto Confidencial

Brahimi falou a jornalistas após os encontros desta segunda-feira. Ele contou ter pedido aos dois lados que ao conversar com a mídia sobre as negociações, que respeitem o aspecto confidencial das conversações.

Nesta segunda-feira, o governo sírio recebeu documentos apresentados pela oposição e que estão contidos na Declaração de Genebra.

Ao ser perguntado por um jornalista sobre como quebrar o impasse entre oposição e governo sobre a permanência do presidente Bashar al-Assad no poder, Brahimi respondeu, em tom bem humorado, que qualquer ideia sobre o tema será bem-vinda.

Mulheres e Crianças

O enviado especial contou que não houve muitos avanços nas reuniões sobre o aspecto humanitário. Ele citou a saída de mulheres e crianças da cidade de Homs.

Segundo ele, o governo quer realizar esta parte das discussões, mas ainda é perigoso por causa da presença de franco atiradores. Brahimi disse que pediu aos dois lados que façam algo pelas áreas que estão sob cerco do governo ou de grupos da oposição.

Ele afirmou que o processo de verificação dos comboios com alimentos e outros itens de ajuda humanitária será feito pela ONU, ele lembrou que o Crescente Vermelho e a Cruz Vermelha também estão no local.

Ele explicou que está tentando implementar o Plano de Genebra para levar ao fim da guerra e a construção de uma nova Síria. Ele disse que este processo não é fácil, mas que o objetivo é colocar um fim ao conflito que já matou mais de 100  mil pessoas e deixou 9,5 milhões desalojadas.