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Brahimi afirma que está sendo alcançada uma solução para os civis em Homs BR

Brahimi afirma que está sendo alcançada uma solução para os civis em Homs

Neste domingo, enviado da ONU, governo e oposição da Síria entraram num acordo sobre a retirada imediata de mulheres e crianças da cidade; oposição deve fornecer lista de pessoas detidas por grupos armados.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

No segundo dia de conversas diretas entre o governo da Síria e a oposição, mediadas pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, foi decidido que mulheres e crianças poderão deixar a cidade velha de Homs imediatamente.

Em Genebra, Lakhdar Brahimi afirmou que as partes estão alcançando uma solução para os civis. O governo deve permitir a abertura do corredor humanitário na cidade velha de Homs esta segunda-feira, para que mulheres e crianças deixam a área. Em uma segunda etapa, civis homens devem sair do local.

Prisioneiros

Pela manhã, o enviado da ONU reuniu na mesma sala governo e oposição e durante a tarde, Brahimi manteve conversas separadas com os dois lados em conflito.

Segundo ele, houve uma longa discussão sobre a situação dos prisioneiros e detidos. A oposição concordou em fornecer uma lista das pessoas que estão sob o poder de grupos armados.

O enviado voltou a afirmar que a situação é extremamente difícil e complicada e por isso, é muito cedo prever quando terminam as negociações. Brahimi espera que sejam feitos progressos graduais e garante que governo e oposição estão mostrando “respeito mútuo” e cientes de que a tentativa por um acordo de paz é importante.

Eleições

Os três lados voltam a se reunir em Genebra esta segunda-feira e a principal meta é discutir a possibilidade de um governo de transição. Mas o vice-ministro das Relações Exteriores da Síria reafirmou neste domingo que está nas mãos dos sírios decidir o futuro do presidente Bashar al-Assad. Para Faisal Makdad, a única solução “no fim do túnel” é a realização de eleições. 

O representante do governo sírio garantiu que não existem crianças detidas no país e que os civis tem dificuldades para deixar o centro de Homs devido aos grupos armados. O vice-ministro confirmou a passagem do comboio humanitário para esta segunda-feira.

Segundo Makdad, o governo não fala em “cessar-fogo”, mas em “acordos de segurança” que coloquem um fim às mortes e à violência no país.