Aiea quer dobrar tamanho da equipe que irá verificar usinas nucleares no Irã
Diretor-geral da agência da ONU lançou apelo por mais recursos em reunião com Conselho Diretor nesta sexta-feira; serão cerca de € 6 milhões pelos próximos seis meses.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, informou que terá que quase dobrar o número de funcionários trabalhando no projeto de verificação de instalações nucleares no Irã.
O anúncio foi feito, nesta sexta-feira, pelo chefe da agência, Yukiya Amano, após uma reunião com o Conselho Diretor, em Viena. Segundo ele, serão precisos € 6 milhões, equivalentes a mais de R$ 19 milhões, para os próximos seis meses.
Equipamentos
Amano disse que pediu aos países-membros para que façam contribuições extraorçamentárias para realizar o trabalho de verificação, que segundo ele aumentará. Ele afirmou que espera realocar dentro da prória agência a quantia de € 500 mil.
O chefe da Aiea lembrou ainda que os inspetores da ONU precisarão de acesso a outras instalações e usinas. E isso inclui a compra de mais equipamentos de salvaguardas e análise de mais amostras.
A Aiea também alerta para o aumento do trabalho de análise e de produção de relatórios.
Momento Importante
Em novembro passado, a agência anunciou um Plano de Ação Conjunto para o Irã. A iniciativa foi acordada entre Alemanha, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, e Rússia.
Pelo plano, o Irã concorda com a verificação de suas instalações nucleares através de “medidas voluntárias” por um período de seis meses.
A agência diz que o projeto representa um momento importante nas relações com o Irã sobre o programa nuclear do país. Segundo Amano, as negociações tiveram pouco ou quase nenhum progresso nos últimos sete anos.
O Irã diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas vários representantes da comunidade internacional acreditam que o país possa vir a desenvolver armas atômicas.