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Ban diz que “mundo está numa corrida contra o tempo” BR

Ban diz que “mundo está numa corrida contra o tempo”

Secretário-Geral da ONU fez referência à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; ele afirmou que faltam apenas 700 dias para o prazo final dado para a aplicação das metas.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o “mundo está numa corrida contra o tempo” para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs.

A declaração de Ban foi feita num almoço especial sobre as Metas do Milênio em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Econômico Mundial.

Esforço

O encontro chamado “Expandindo o Sucesso: Investindo no Poder das Meninas para Acelerar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” ocorreu esta quinta-feira.

Ban disse que faltam pouco mais de 700 dias para acabar o prazo para a aplicação dos ODMs. É necessário, segundo ele, um esforço que exigirá investimento em mais de 500 milhões de meninas adolescentes de países em desenvolvimento.

O chefe da ONU afirmou que essas jovens podem ajudar no avanço das metas do milênio.

Saúde e Educação

Ban explicou que quando se dá a uma menina melhores condições de saúde, educação e bem-estar, os resultados vão além do esperado.

Ao fazer uma comparação, o Secretário-Geral disse que uma adolescente é valiosa para o mundo assim como uma árvore é valiosa para uma floresta.

Segundo ele, cada ano que uma menina permanece na escola primária, ela aumenta em até 20% seu eventual salário. Além disso, quando as mulheres têm uma renda, elas reinvestem grande parte, aproximadamente 90%, na própria família.

Ban declarou ainda que quando o nível educacional dessas jovens aumenta, o mesmo acontece com o nível econômico.

Estratégias

O chefe da ONU pediu aos participantes da reunião que mantenham as meninas no centro de todas as estratégias.

Para Ban, elas merecem o apoio de todos. As mulheres, segundo ele, têm a chave para o progresso e que geralmente não é usada por causa da pobreza, discriminação e violência.

O Secretário-Geral afirmou que quando as sociedades apoiam as mulheres, elas retribuem com uma grande criatividade, compaixão e com o poder feminino.