ONU quer promover ciência pouco conhecida por trás do DNA
Ao lançar o Ano Internacional da Cristalografia, Ban Ki-moon fala sobre 100 anos de importantes avanços; cidade brasileira de Campinas irá receber conferência sobre o tema em setembro.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Por trás da estrutura do DNA, da memória dos computadores e do desenvolvimento de novos medicamentos, está uma ciência pouco conhecida: a cristalografia.
Para aumentar o conhecimento da população mundial sobre o tema, as Nações Unidas lançaram esta segunda-feira o Ano Internacional da Cristalografia.
100 Anos
Ao longo de 2014, serão realizadas três conferências: a primeira no Paquistão, em abril; a outra na cidade brasileira de Campinas, em setembro e a última, em outubro, na África do Sul.
Segundo as Nações Unidas, os encontros vão servir de plataforma para a troca de informações entre representantes de países e cientistas, com o objetivo de ajudar no desenvolvimento de pesquisas sobre a cristalografia.
Em mensagem sobre o Ano Internacional da Cristalografia, o Secretário-Geral Ban Ki-moon destacou que a ciência completa 100 anos de “avanços inovadores”.
Produtos
Ban explicou que a cristalografia é importante para o desenvolvimento sustentável. Em Paris, onde fica a sede da Unesco, está a ser promovido um evento de dois dias sobre a importância desta ciência em nações emergentes.
A cristalografia estuda a composição e a estrutura dos cristais. Os especialistas aplicam a tecnologia para modificar uma estrutura e assim descobrir, por exemplo, como as proteínas são criadas nas células.
Segundo a ONU, a cristalografia é usada também em vários setores da indústria, incluindo na produção de alimentos, automóveis, cosméticos, computadores e medicamentos. Um outro exemplo é a produção de monitores com telas de cristal líquido.
*Apresentação: Denise Costa.