Aumentam os casos de gripe aviária na China e FAO pede vigilância

Desde dezembro, cresce a infecção em humanos pelo H7N9 no leste e sudeste do país; agência da ONU preocupada com movimentações de pessoas durante o Ano Novo Chinês.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A Organizão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, lançou um alerta esta segunda-feira sobre o aumento dos casos de gripe aviária na China. A agência pede aos países vizinhos vigilância extra durante as celebrações do Ano Novo Chinês, em 31 de janeiro.

O número de infecções por H7N9 em humanos tem aumentado desde dezembro, principalmente no leste e sudeste do país, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS. Somente neste ano, foram confirmados sete casos da gripe aviária.

Abate

Milhões de pessoas devem se deslocar para as comemorações do Ano Novo Chinês e muitas aves serão abatidas para as festividades. Além disso, a FAO destaca que os vírus de gripe geralmente se espalham mais nos meses de inverno.

Segundo o chefe veterinário da agência, Juan Lubroth, as autoridades chinesas estão reforçando medidas para reduzir o risco de exposição humana ao H7N9.

As ações incluem o fechamento de mercados que vendem aves vivas, melhoria da higiene nesses locais, aumento da vigilância em ambientes onde há frangos e outras aves e controle da movimentação desses animais.

Consumo

Até o momento, nenhum país além da China relatou casos do H7N9 em humanos ou animais. A FAO está ajudando várias nações vizinhas a manejar riscos e criar planos de contingência, caso o vírus contamine aves desses países.

Aos consumidores, a FAO lembra a importância de lavar as mãos para matar vírus ou bactérias, especialmente após o contato com animais e antes de preparar comida.

Segundo a agência, nenhum vírus da influenza é transmitido por meio de alimentos cozidos, por isso a importância de se cozinhar bem carnes e aves antes do consumo.