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Sírias pedem espaço nas negociações para fim da crise no país BR

Sírias pedem espaço nas negociações para fim da crise no país

Conferência das Mulheres Sírias foi organizada pela ONU e governo da Holanda; embaixadora brasileira destaca que participantes não representam nem governo nem oposição.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Cerca de 50 mulheres sírias, que vivem no país ou estão refugiadas em nações vizinhas, participaram de um encontro em Genebra organizado pela ONU Mulheres e governo da Holanda.

A Conferência das Mulheres Sírias terminou esta segunda-feira, com um comunicado pedindo aos lados envolvidos no conflito que alcancem um acordo por um país livre e democrático, respeitando os direitos das mulheres.

Solução

Foi feito também um apelo à garantia da participação política das mulheres em todas as questões ligadas ao futuro do país. A embaixadora do Brasil na ONU em Genebra, Regina Dunlop, participou da conferência e contou à Rádio ONU suas impressões sobre as sírias.

“O que elas buscam, o que elas lutam, é uma solução que traga paz ao país; um maior envolvimento em todos os processos políticos no país. Elas gostariam de ter um assento à mesa de negociação na conferência de Montreaux, querem participar do processo de reconciliação e querem participar ativamente de um processo que conduza a uma vida democrática, plural e secular.” 

Reconstrução

A embaixadora fez referência à Conferência de Paz sobre a Síria, que começa no dia 22 de janeiro na cidade suíça de Montreaux. Regina Dunlop explica também que as mulheres sírias que participaram do encontro não fazem parte nem do governo nem da oposição.

“O Brasil vê de maneira muito positiva, elas são motivadas por princípios que eu acho muito louváveis, de tudo o que eu ouvi. Elas querem paz, elas não falam em nome de um ou outro grupo político. Elas querem ajudar nessa reconstrução do tecido social.” 

Papel

O documento final da conferência pede ainda liberdade para homens e mulheres presos de forma arbitrária, fim imediato da violência armada, do cerco militar permitindo passagem de ajuda humanitária, da violência de gênero e fim do recrutamento de crianças-soldados.

No encontro, a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, destacou que as mulheres tem um papel crítico na criação das bases para a paz sustentável na Síria e reafirmou o compromisso da agência em continuar apoiando as mulheres do país.

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