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ONU chama atenção para reintegração de membros acantonados do M23

ONU chama atenção para reintegração de membros acantonados do M23

A República Democrática do Congo foi tema da sessão do Conselho de Segurança, nesta segunda-feira; chefe da Monusco quer transformar cidade do leste que foi marcada por hostilidades em corredor económico.

Eleuterio Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A enviada especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para os Grandes Lagos, alertou, esta segunda-feira, ao Conselho de Segurança sobre a necessidade de desarmar e reintegrar ex-combatentes congoleses do grupo M23.

Falando de Kinshasa, Mary Robinson disse que a presença prolongada dos ex-rebeldes em áreas de acantonamento, sem reintegração, poderia favorecer o seu ingresso num grupo armado na República Democrática do Congo, RD Congo.

Quadro de Paz

A situação congolesa dominou a sessão do órgão que abordou a implementação do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para o país e para a região.

A assinatura do acordo, no ano passado, foi tida como um marco para a estabilização, aliada à criação da Brigada de Intervenção e da equipa de enviados especiais para lidar com o conflito.

A cidade de Goma foi considerada um dos bastiões do grupo M23 até novembro, quando ocorreu uma ofensiva realizada pelo exército . A operação foi apoiada pelas tropas de paz das Nações Unidas.

Combatentes

Robinson disse que os elementos do grupo que estão atualmente no Uganda e no Ruanda devem ser reintegrados. Para ela, a medida também deve abranger todos os outros combatentes que se tenham rendido.

Os outros esforços para acelerar o aumento da segurança a nível de Estado incluem a expansão da autoridade do Estado congolês, em particular, no leste da RD Congo.

A representante considerou crucial que sejam realizadas as eleições locais este ano, que devem marcar o início do ciclo eleitoral a culminar com as presidenciais de 2016.

Corredor Económico

Ainda no Conselho de Segurança, o representante de Ban Ki-moon na RD Congo, Martin Kobler, revelou a aposta de transformar Goma num corredor económico como “primeiro passo na direção certa.”

O plano inclui atualizar o seu aeroporto e melhorar infraestruturas rodoviárias como “ponto de viragem decisivo para promover um ambiente propício para a cooperação económica e comercial para beneficiara a população da região.”

Conforme revelou, a proposta encabeça a lista de ações apresentadas à comunidade de doadores, junto da qual revelou que vai continuar a fazer contactos para alcançar o objetivo.