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Em Bagdá, Ban condena ataques e piora da segurança no Iraque BR

Em Bagdá, Ban condena ataques e piora da segurança no Iraque

Secretário-Geral encontrou-se esta segunda-feira com o primeiro-ministro Nouri al-Maliki; eles discutiram também os impactos causados pela violência na Síria.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU encontrou-se esta segunda-feira com o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, na capital do país, Bagdá. Lá, Ban Ki-moon afirmou estar “especialmente preocupado com a piora da segurança” em algumas regiões do Iraque, como a província de Anbar.

Ele também condenou ataques que considera “terríveis” e que tiveram civis como alvo. Ban falou ainda em “mortes sem sentido de mulheres, homens e crianças inocentes”.

Eleições

Segundo o Secretário-Geral, na conversa com o primeiro-ministro iraquiano, foi ressaltado que os desafios do país exigem compromisso dos líderes políticos na garantia de coesão social, diálogo e progressos. Ban Ki-moon destacou que as eleições parlamentares, em abril, serão uma oportunidade para ir de encontro a essas aspirações da população.

O chefe da ONU definiu o momento atual no Iraque como “difícil” e pediu aos líderes políticos união contra o terrorismo e que trabalhem em conjunto para estabilizar a situação no país.

Síria

Ban Ki-moon e al-Maliki discutiram ainda a crise na Síria e o impacto no Iraque. Ban agradeceu o governo iraquiano por abrir suas fronteiras aos refugiados e falou que mais de 220 mil sírios foram abrigados pelo país vizinho.

O Secretário-Geral lembrou que a Conferência de Paz sobre a Síria, conhecida como Genebra 2, ocorre na próxima semana, mas ainda não há consenso, especialmente entre países-chave como Estados Unidos e Rússia, sobre a participação do Irã no encontro. Ban afirmou ser a favor da presença do Irã.

Ban Ki-moon também pediu ao governo iraquiano a moratória da pena de morte, afirmando ser necessário proteger os direitos humanos, mas lembrou ser importante que os autores de crimes sejam responsabilizados pelos seus atos.