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ONU concede US$ 15 milhões para apoiar resposta à crise sul-sudanesa

ONU concede US$ 15 milhões para apoiar resposta à crise sul-sudanesa

Chefe da assistência humanitária diz que condições pioram diariamente para os deslocados; número de pessoas que abandonaram as suas casas chega a 231 mil.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas anunciaram, esta quinta-feira, o desembolso de US$ 15 milhões para dar resposta às necessidades dos que buscam abrigo e segurança devido ao conflito no Sudão do Sul.

Ao anunciar a atribuição do valor, em Nova Iorque, a coordenadora para Assistência de Emergência, Valerie Amos, disse que o apoio destina-se às ações de agências humanitárias da organização.

Recursos

Falando da cidade de Bentiu, no norte do país, antes do anúncio, o coordenador Humanitário da ONU para o Sudão do Sul disse que os recursos só são suficientes porque são desviados de outros programas.

Toby Lanzer  pediu à comunidade internacional que financie o plano de US$ 209 milhões, necessários para levar a cabo as operações de socorro ao longo dos próximos três meses. Metade do valor já foi arrecadada no que o representante considerou um bom começo.

Combates

O montante anunciado por Valerie Amos foi retirado do Fundo Central de Respostas de Emergências, Cerf.

A representante disse que as condições pioram diariamente para os que fogem das hostilidades no Sudão do Sul. Cerca de 231 mil pessoas abandonaram as suas casas desde o início de combates entre forças governamentais e da oposição, há cerca de um mês.

Países Vizinhos

Países vizinhos incluindo a Etiópia, o Quénia e o Uganda acolhem 42,8 mil pessoas que deixaram o Sudão do Sul devido ao conflito. Outras cerca de 60 mil procuram abrigo em bases da ONU.

Com os valores atribuídos pelo Cerf, a equipa humanitária da organização deve garantir que novos recursos sejam canalizados para as necessidades mais críticas.

Locais Inacessíveis

Os gastos devem ser feitos para melhorar as condições de vida nos acampamentos e no apoio aéreo para evacuações médicas. A aplicação também deve incluir o envio de trabalhadores humanitários a locais inacessíveis ou inseguros.

A 15 de dezembro, o presidente Salva Kiir disse que os soldados leais ao seu antigo vice, Riek Machar, teriam tentado levar a cabo um golpe de Estado no mais novo país do mundo.