Mais de 20 pessoas são assassinadas durante enterro no Iêmen
Ataque foi condenado pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU; ataque aéreo ocorreu em 27 de dezembro; presidente do país autorizou abertura de inquérito.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos condenou um ataque aéreo que matou mais de 20 pessoas no Iêmen.
Em nota, o porta-voz Rupert Colville disse que o ataque ocorreu no último dia 27 em Al-Dhalai. As vítimas participavam de um cortejo fúnebre no sul do país. Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas incluindo crianças e familiares enlutados.
Comissão de Inquérito
O presidente do Iêmen, Abdrabuh Mansour Hadi autorizou a formação de uma comissão de inquérito.
A ONU elogiou a decisão do presidente. O porta-voz do Alto Comissariado disse a jornalistas que responsáveis pela área de direitos humanos conclamaram o governo iemenita a realizar uma apuração “rápida, completa e imparcial” dos fatos, além de tornar público o resultado do inquérito.
O Iêmen, no sudoeste da Ásia, está atravessando um período de transição democrática com um governo de união nacional. O novo regime começou em fevereiro de 2012 após protestos que levaram à renúncia do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Ataques
Um dia antes do ataque aéreo, especialistas de direitos humanos independentes expressaram preocupação com os ataques com aeronaves não-tripuladas, conhecidas como drones, no Iêmen.
No último dia 12, 16 civis foram mortos e 10 ficaram feridos em duas cerimônias separadas de casamento. O Alto Comissariado das Nações Unidas acredita que as vítimas teriam sido confundidas com integrantes da Al-Qaeda.