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ONU discute novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável BR

ONU discute novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Reunião na sede da organização segue até sexta-feira, com a participação da sociedade civil; brasileira fez intervenção sobre importância da inclusão feminina na criação da agenda pós-2015.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Até sexta-feira, o Conselho de Tutela da ONU abriga uma reunião sobre o planejamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A nova agenda de metas começa a valer em 2016, em substituição aos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

A abertura do encontro, na sede em Nova York, contou com a participação de representantes de Organizações Não-Governamentais, como a brasileira Katia Araujo.

Inclusão

A vice-diretora da ONG global Comissão Huairou falou à Rádio ONU sobre os tópicos do seu discurso e o que ela espera que entre na agenda de desenvolvimento sustentável.

“Inclusão, processo participativo de qualidade, onde as mulheres organizadas possam influenciar os processos de tomada de decisão e também uma abordagem onde haja uma análise de gênero, de empoderamento econômico, social e político. Esses são os dois pontos mais fortes que eu trouxe para o diálogo.”

Katia Araujo lembra que a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável surgiu durante a Rio+20, realizada em 2012 na cidade do Rio de Janeiro. A vice-diretora da Comissão Huairou comemora a participação da sociedade civil na construção da nova agenda global.

Envolvimento

“Nós reconhecemos que todo o processo que desenvolveu os Objetivos do Milênio foi bastante de cima para baixo, uma coisa fechada. E o compromisso do sistema da ONU e de alguns Estados-membros da ONU firmado no Rio acho que foi muito importante, como o estabelecimento desse grupo aberto de trabalho para criar um processo onde comunidades em situações de pobreza também sejam ouvidas e estejam envolvidas e engajadas.”

Segundo Katia Araujo, a Comissão Huairou está presente em 50 países e no Brasil, atua em projetos voltados à regularização de terra e à inclusão de mulheres no Recife, no semiárido da Bahia e no Rio de Janeiro.