Ameaça de cólera para deslocados pelo conflito no Sudão do Sul, diz Ocha
Escritório inclui entre os potenciais afetados os sul-sudaneses que procuraram abrigo em instalações das Nações Unidas no país; quase metade do montante para o Plano de Resposta para a Crise já foi concedida.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou para a ameaça de cólera em várias regiões do Sudão do Sul, devido ao saneamento básico inadequado.
Os locais incluem as bases das Nações Unidas em cidades como Juba, Bentiu, Bor e Malakal onde estão albergadas mais de 62 mil pessoas. O escritório confirmou ainda o registo de casos de sarampo em acampamentos para deslocados na área de Tomping na capital, Juba.
Confrontos
A violência no país já fez pelo menos 200 mil deslocados deslocados internos desde o início dos confrontos a 15 de dezembro.
Somente nas últimas 3 semanas, estima-se que 22,6 mil sul-sudaneses fugiram para os países vizinhos com a maioria no Uganda, na Etiópia, no Sudão e no Quênia.
Os confrontos no Sudão do Sul eclodiram após o que o governo do presidente Salva Kiir considerou tentativa de golpe de Estado perpetrada por soldados leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, demitido em julho.
Diálogo
Entretanto, agências noticiosas referem que delegações das duas partes continuam em diálogo na capital etíope, Adis Abeba. O encontro que visa encontrar uma solução para a crise, inclui líderes regionais desde 3 de janeiro.
De acordo com o Ocha, 158 mil pessoas já foram beneficiadas pela resposta humanitária no país. Somente no Estado Lagos, mais de 67 mil deslocados receberam apoio das entidades de auxílio.
Necessitados
A 31 de dezembro, o grupo de agências lançou um Plano de Resposta para a Crise no Sudão do Sul orçado em US$ 209 milhões.
Até ao momento, as doações rondam os US$ 100 milhões, para o montante que deve ser usado para cobrir as operações humanitárias e ajudar os necessitados.
*Apresentação: Denise Costa.