ONU espera reforço das tropas em 48 horas no Sudão do Sul BR

ONU espera reforço das tropas em 48 horas no Sudão do Sul

Afirmação foi feita pela representante especial do Secretário-Geral para o país por teleconferência; Hilde Johnson apelou aos líderes para que solucionem a crise de forma pacífica; relatos mostram que mais de mil pessoas morreram nos confrontos.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A representante especial do Secretário-Geral para o Sudão do Sul, Hilde Johnson, afirmou esta quinta-feira que a ONU espera que o reforço das tropas de paz chegue ao país em 48 horas.

Esse reforço vai contar com mais soldados e mais equipamentos, como helicópteros, para ajudar nos esforços de proteção aos civis sul-sudaneses. O número de militares vai passar dos quase 7 mil atuais para aproximadamente 14 mil.

Mortos

Falando por teleconferência de Juba, capital do país, Johnson disse que esses últimos 11 dias têm sido muito difíceis para os sul-sudaneses. Segundo ela, o conflito já matou mais de mil pessoas.

Ela afirmou que “o que aconteceu na semana passada trouxe de volta, para muitos deles, os pesadelos do passado”. O mais importante para Jonhson é fazer com que esses pesadelos acabem.

A representante do Secretário-Geral também fez um apelo às autoridades do país. 

Ela “pediu aos líderes políticos do Sudão do Sul que ordenem suas forças a baixar as armas e que deem uma chance a paz.” Johnson afirmou que eles devem fazer isso urgentemente.

Abrigo

A representante da ONU disse ainda que mais de 50 mil civis, fugindo da violência, já buscaram abrigo em várias bases da organização espalhadas pelo país.

Há dois dias, o Conselho de Segurança autorizou o aumento das tropas dos boinas-azuis da ONU na Missão no Sudão do Sul, Unmiss, para que eles possam proteger a população. 

As tensões no mais novo país do mundo, que se tornou independente em 2011, escalaram para um conflito em 15 de dezembro, quando o presidente Salva Kiir disse que soldados leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, demitido em julho, tentaram realizar um golpe de Estado.