Acnur alerta sobre segurança na República Centro-Africana
Agência da ONU aumentou a ajuda para os deslocados internos e disse que os confrontos no país continuam; mais de 710 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por causa da violência desde o início da crise há um ano.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, fez um alerta sobre problemas de segurança e da situação humanitária na República Centro-Africana.
Segundo o Acnur, mais de 710 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas por causa da violência. Só em Bangui, a capital, o número de deslocados chega a 214 mil.
Refúgio
As autoridades disseram que muitos cristãos buscaram refúgio em escolas, igrejas e até mesmo no aeroporto. Já os muçulmanos deslocados estão vivendo com outras famílias.
Em Bossangoa, cidade a 300 km da capital, existem 40 mil deslocados.
O Acnur está preocupado com as regiões que abrigam grandes números de deslocados internos por causa da crise que tomou conta do país há um ano.
Crianças
O representante do Alto Comissariado na República Centro-Africana, Kouassi Lasare Etien, afirmou que as crianças representam 60% das pessoas deslocadas. Segundo ele, muito mais precisa ser feito em termos de assistência e proteção.
Além do deslocamento interno, o Acnur disse que o conflito na República Centro-Africana levou a população a fugir para outros países. A República Democrática do Congo já recebeu 43 mil centro-africanos, o Chade 12 mil, a República do Congo 11 mil e os Camarões 5 mil.