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ONU investigará relatos de violações dos direitos humanos no Sudão do Sul BR

ONU investigará relatos de violações dos direitos humanos no Sudão do Sul

Secretário-Geral fez a afirmação a jornalistas esta segunda-feira na sede das Nações Unidas; ele está preocupado com assassinatos étnicos no país e afirmou que vai enviar carta ao Conselho de Segurança com recomendações pedindo reforço das tropas de paz da Unmiss.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta segunda-feira que as Nações Unidas vão investigar os relatos de graves violações dos direitos humanos e de crimes contra a humanidade no Sudão do Sul.

Ban fez a afirmação em entrevista a jornalistas na sede da ONU em Nova York. Ele disse estar “muito preocupado” com os assassinatos étnicos no país.

Conselho de Segurança

O Secretário-Geral disse que os responsáveis pelos crimes “vão ser acusados e terão de enfrentar as consequências, mesmo que digam que não tinham conhecimento dos ataques”.

Ele reuniu, pela manhã, seus principais assessores para discutir a situação. Participaram da reunião por videoconferência a representante especial da ONU para o Sudão do Sul, Hilde Johnson e o representante especial da União Africana, Haile Menkerios.

Ban afirmou que vai enviar carta ao Conselho de Segurança com recomendações para reforçar as tropas de paz da organização no país. Segundo ele, por causa da violência, 45 mil pessoas buscaram abrigo em bases da ONU no Sudão do Sul.

Diferenças

O chefe da ONU declarou que tem pedido de forma consistente ao presidente Salva Kiir e aos líderes da oposição que negociem uma solução política para a crise.

Ban disse que qualquer que seja a diferença entre eles, não se justifica a violência que tomou conta do país.

Ele também enviou uma mensagem direta para os sul-sudaneses dizendo que a ONU apoiou o caminho para a independência e continuará ao lado deles nesse momento.

Síria

Ban afirmou que as Nações Unidas farão o possível para defender a população, fornecer a ajuda humanitária necessária e auxiliar o país a retomar o caminho da paz.

Sobre a Síria, o Secretário-Geral afirmou que os preparativos para a conferência de paz estão caminhando e destacou que as negociações “são o único jeito de pôr um fim ao banho de sangue.”

A conferência internacional ocorre em janeiro, nas cidades de Montreaux e de Genebra, na Suíça. Ban Ki-moon espera que o governo sírio e a oposição se empenhem nos próximos dias a “fazer de suas delegações as mais fortes e representativas possíveis”.

Ban acredita que “as negociações serão difíceis”, mas sem diálogo, só haverá mais violência e desespero no horizonte. Ele pede à comunidade internacional que encorage os dois lados em conflito na Síria para ir à conferência com “a intenção séria de acabar com a guerra e concordar com uma transição pacífica.”

*Apresentação: Leda Letra.