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Afeganistão progride na busca por estabilidade, diz enviado da ONU BR

Afeganistão progride na busca por estabilidade, diz enviado da ONU

Ján Kubis falou ao Conselho de Segurança esta quarta-feira, mas ressaltou que país ainda enfrenta volatilidade e incertezas; cultivo de drogas é outro motivo para “grande preocupação.”

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.  

O enviado especial das Nações Unidas para o Afeganistão afirmou esta quarta-feira que o país está progredindo rumo à estabilidade, enquanto continuam sendo retiradas as tropas internacionais.

Ján Kubis fez um balanço da situação afegã durante reunião no Conselho de Segurança da ONU. O representante afirmou que o apoio internacional continuará sendo necessário por pelo menos outra década, para que se alcancem as transformações econômicas, políticas e de segurança.

Terrorismo

Para Kubis, o mundo precisa continuar trabalhando para garantir “um Estado soberano e sustentável”, que nunca mais volte a ser “refúgio para o terrorismo internacional e o crime organizado”, afirmou.

O enviado do Secretário-Geral garantiu que a transição de segurança segue como planejada e que os Estados Unidos devem retirar do Afeganistão, até o fim do próximo ano, os 85 mil integrantes das tropas que ainda estão no país.

No Conselho de Segurança, Kubis citou que as drogas são outro motivo de “grande preocupação”, já que o cultivo e produção da papoula, usada para produzir ópio, foi recorde este ano.

Violência

Segundo o representante, foram produzidas 5,5 mil toneladas de ópio, o que segundo ele, é “uma ameaça à saúde, à segurança e ao bem-estar econômico do Afeganistão e de toda a região.”

Outra preocupação continua sendo a segurança dos civis: só em novembro, mais de 2,7 foram mortos e 5,1 mil ficaram feridos, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Kubis afirmou que a corrupção e a impunidade são grandes causas da violência e destacou que o Afeganistão ocupa o antepenúltimo lugar na lista dos 177 países que fazem parte do Índice de Corrupção da ONG Transparência Internacional.