Nações Unidas renovam pedido de ajuda para Filipinas
Um mês após passagem do tufão, organização avalia que são necessários US$ 791 milhões para recuperação; brasileira que coordena trabalhos da ONU no país diz que serviços de saúde podem beneficiar 7 milhões.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Pouco mais de um mês após as Filipinas ter sido atingida pelo tufão Haiyan, as Nações Unidas voltaram a destacar nesta segunda-feira a importância de agir rápido para ajudar os civis afetados.
Uma reunião na sede da ONU, em Nova York, avaliou ainda as lições aprendidas com a resposta da comunidade internacional ao desastre. Segundo as últimas estimativas, o tufão afetou 14 milhões de filipinos, sendo que 4 milhões ficaram desalojados.
Necessidades
O Plano Estratégico de Resposta ao Tufão Haiyan pede US$ 791 milhões de financiamento, e até agora, apenas 30% do valor foi alcançado.
Da capital do país, Manila, a brasileira Luiza Carvalho, que coordena os trabalhos de ajuda humanitária da ONU nas Filipinas, explicou que a população precisa de comida, água e abrigo.
Falando em inglês, Luiza Carvalho contou que os serviços de saúde e de proteção irão beneficiar 7 milhões de pessoas nas comunidades afetadas, em colaboração com governo e autoridades locais.
Prioridade
Além de discutir as necessidades imediatas dos filipinos, os representantes da ONU falaram sobre o que pode ser feito para garantir a eficiência da entrega de assistência.
O subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e Sociais, Wu Hongbo, destacou que a comunidade internacional precisa ter como prioridade a redução do risco de desastres naturais, investindo em medidas de preparo e adaptação.
Hongbo afirmou que o “índice de mortes por desastres em países em desenvolvimento é 20 vezes maior do que em nações desenvolvidas.”
De acordo com a ONU, embora o número de pessoas mortas em desastres naturais diminuiu nos últimos 40 anos, o mundo tem presenciado o aumento da quantidade e da intensidade desses desastres.