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Baixa número de somalis que precisam de ajuda de emergência

Baixa número de somalis que precisam de ajuda de emergência

Ocha diz que dados refletem ganhos modestos na segurança alimentar em 2013; apelo de assistência de US$ 927,5 milhões destaca consolidação da resiliência das populações.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas anunciaram, esta segunda-feira, que o número de pessoas que precisam de ajuda de emergência na Somália reduziu em pouco mais de 1,8 milhão de pessoas.

Trata-se da primeira queda verificada em cinco anos, que para a organização reflete ganhos modestos na segurança alimentar em 2013 no país do Corno de África.

Consolidar Ganhos

O Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, diz que a Somália está longe da cenário severo de fome de há dois anos, mas realça que muito ainda precisa ser feito para que se continuem a consolidar os ganhos. Até finais de 2011, 4 milhões de somalis estavam em situação de crise.

Para o próximo ano, o país vai precisar de US$ 927,5 milhões de assistência para apoiar cerca de 3,1 milhões de afetados por crises prolongadas.

Estima-se que 2,3 milhões de somalis correm perigo de insegurança alimentar, sendo necessário apoio para evitar que estas retornem para a situação de emergência. 

Choques

O Ocha considera que o progresso na Somália continua frágil, tendo alertado que este ainda pode ser frustrado por choques relacionados com o clima, o conflito e a economia.

Para 2014, já foram emitidos avisos prévios a dar conta de inundações, após más colheitas deste ano que foram atribuídas ao início tardio das chuvas e a uma tempestade tropical ocorrida em maio.

Apelo Global

Nesta segunda-feira, a ONU lançou apelo de resposta humanitária a nível global de  US$ 13 mil milhões para o ano de 2014. A coordenadora de Assistência de Emergência da ONU, Valerie Amos disse que o valor destina-se a apoiar milhões de pessoas de áreas de crise.

Para a Somália, o apelo deve responder às necessidades humanitárias e consolidar a resiliência das populações. O país conta com mais de 1,1 milhão de deslocados internos além do 1 milhão de cidadãos a viver como refugiados no exterior.