OIT estimula aprendizagem profissional para baixar desemprego juvenil
Caso dos estágios em Portugal abordado no debate de experiências europeias, em Genebra; Áustria, Alemanha e Dinamarca mencionados pelos baixos níveis de desemprego em relação aos países onde a prática não é comum.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, revelou que a aposta numa melhor aprendizagem profissional e em outras oportunidades de formação pode reduzir o desemprego juvenil e a pobreza.
Para a agência, o sucesso depende da combinação de esforços nacionais para impulsionar o crescimento do emprego.
Medidas
O tema foi discutido, em Genebra, por representantes de governos, empregadores e trabalhadores de países europeus no debate de medidas práticas para melhorar os sistemas de aprendizagem.
Portugal teve o seu perfil abordado na troca de experiências, ao lado de casos como a Grécia, o Chipre, a Espanha, a Lituânia e a Polónia.
Um relatório da OIT menciona a reforma na formação profissional portuguesa, ao incluir a questão dos estágios no sistema de segurança social que, entretanto, teve a assistência financeira reduzida.
Crise
O país permite subsídios de estágio concedidos a jovens dos 16 aos 24 anos. A condição é que os beneficiários estejam matriculados em instituições de ensino e que não tenham bolsas de estudo.
O Brasil também é referido pela agência por regulamentar contratos de aprendizagem com o objetivo de ligar os jovens ao mercado profissional com a combinação de trabalho técnico e aprendizagem prática.
A OIT refere que a crise alterou as condições de implementação de estágios.
A agência destaca os exemplos da Áustria, Alemanha, Suíça, Holanda e Dinamarca, onde até um quinto de jovens entre 16 e 24 anos teve formação profissional. Nestes países, o desemprego juvenil é mais baixo em relação às nações onde a prática não é comum.
*Apresentação: Denise Costa.