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Repatriamento de somalis do Quénia arranca nos próximos 20 dias

Repatriamento de somalis do Quénia arranca nos próximos 20 dias

Agências da ONU participam na operação que envolve centenas de milhares de pessoas; desafios à chegada incluem falta de casas e serviços como saúde e educação.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O dia 1º de janeiro vai marcar o início do programa piloto de retorno voluntário de refugiados somalis a partir do Quénia.

A viagem desde o atual país de acolhimento para as cidades somalis de Baidoa, Kismayo e Luuq terá o apoio do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, da Organização Internacional para as Migrações, OIM, e do Programa Mundial da Alimentação, PMA.

Dadaab

Nesta semana, o Acnur diz que vai intensificar as consultas com refugiados somalis em cinco acampamentos que compõem o complexo de Dadaab, com cerca de 388 mil somalis.

Os refugiados devem informar à agência sobre o seu interesse em voltar para a Somália, além de receber detalhes sobre a viagem.

Seca

O Quénia tem 475 mil refugiados somalis registados. A maioria fugiu do país após a queda do regime do presidente Ahmed Siad Barre, em 1991, e outros abandonaram o país devido à seca dos últimos anos.

Em ocasião anterior, a OIM alertou que o regresso constitui um desafio para o governo somali devido à falta de habitações e serviços básicos como saúde e educação.