Dieta portuguesa torna-se Património Imaterial da Humanidade
Culinária mediterrânica de Portugal, Espanha, Grécia e outros países eleita para lista da Unesco; segundo agência, dieta inclui valores de hospitalidade, criatividade é tem papel vital na cultura dessas nações.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A dieta mediterrânica de Portugal, do Chipre, da Croácia, de Espanha, da Grécia e do Marrocos foi eleita Património Imaterial da Humanidade. A culinária dos países do sul do Mediterrâneo entra para a lista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
A votação ocorreu no Azerbaijão, onde foram nomeados 14 novos elementos para a lista do Património Imaterial. Segundo a Unesco, a dieta mediterrânica inclui “valores de hospitalidade, criatividade e tem papel vital em festividades e celebrações culturais.”
Tradição
De Lisboa, o representante da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Pedro Graça, falou à Rádio ONU sobre o valor histórico e cultural da dieta.
“Representa uma distinção do modo de alimentação dos povos do sul do Mediterrâneo e em concreto Portugal, que tem uma longa tradição de consumo de produtos alimentares saudáveis e que esse consumo era feito nas famílias, no seio das famílias.”
Água
O nutricionista Pedro Graça explica que a dieta mediterrânica tem como base essencial produtos de origem vegetal e peixes.
“É uma dieta que privilegia o consumo de frutos e hortículas, sopas, ensopados, pratos que protegem os nutrientes, ervas aromáticas que substituem o sal. Essa dieta mediterrânica inclui ainda o consumo de água como bebida central e de pequenas porções de carne. No caso português, o consumo elevado de pescado, pela proximidade do mar.
Além de Portugal, outro país lusófono também conquistou um lugar na lista de Património Imaterial da Humanidade. A cerimónia religiosa do Círio de Nazaré, celebrada todos os anos no norte do Brasil, também foi reconhecida pelo Comité da Unesco.
*Apresentação: Denise Costa.