ONU diz que mundo tem mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência

Secretário-Geral fez a declaração para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência esta terça-feira, 3 de dezembro; Ban quer o fim das barreiras, do estigma e da discriminação.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que mais de 1 bilhão de pessoas vivem com algum tipo de deficiência física no mundo todo.

Ban fez a declaração para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência esta terça-feira, 3 de dezembro.

Brasil

A médica e coordenadora da rede de informação em saúde da OMS, Regina Ungerer, falou sobre a data em entrevista à Rádio ONU.

“Um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com algum grau de deficiência e 200 milhões, 200 milhões é a população do Brasil, têm algum grau de deficiência funcional, maior ou menor. Isso é muita gente. E nesse sentido, essas pessoas passam a ter menos prazer na vida, elas correm mais risco de morrer prematuramente, elas têm maior grau de depressão e estão mais dependente dos outros.”

Barreiras

O Secretário-Geral da ONU quer o fim das barreiras que afetam a inclusão e a participação das pessoas com deficiências na sociedade. Ban disse que deve haver uma mudança na atitude que fomenta o estigma e institucionaliza a discriminação.

Ele lembrou que em setembro, durante a reunião de alto nível da Assembleia Geral sobre o assunto, os Estados membros renovaram o compromisso de adotar ações nacionais e internacionais para ajudar as pessoas deficientes.

Ban disse que a ONU continua apoiando esses esforços, que incluem a garantia de participação dessas pessoas nas políticas relacionadas aos direitos e interesses do grupo.

Pobreza

O presidente da Assembleia Geral, John Ashe, também se pronunciou sobre o assunto. Ashe disse que as pessoas com deficiência representam a maior minoria do mundo, com 15% da população global.

Ele afirmou que a maioria das pessoas com deficiência está em países em desenvolvimento, muitos vivem na pobreza, enfrentam discriminação e não têm acesso aos direitos básicos.