Jovens lusófonos partilham experiência em saúde reprodutiva

A capital moçambicana Maputo recebe até dia 6 a primeira Conferência Juvenil Lusófona; evento tem a parceria do Fundo da ONU para População, Unfpa.

Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo.

Maputo acolhe até dia 6 de dezembro a primeira Conferência Juvenil Lusófona Afriyan/Yam, com o tema “Fortificando as Redes Juvenis Lusófonas em Saúde Sexual e Reprodutiva”.

No evento, organizado pela Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família, Amodefa, participam organizações juvenis dos países lusófonos, governos e agências das Nações Unidas.

Futuro

O director Nacional da Saúde Pública do Ministério da Saúde de Moçambique, Francisco Mufana, explicou à Rádio ONU, de Maputo, sua visão de que a saúde sexual e reprodutiva não deve ser vista no isolamento.

“Ao cuidarmos a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, teremos que cuidar de outras preocupações que estes jovens e adolescentes têm. E se nós conseguirmos usar a saúde sexual e reprodutiva como um veículo para podermos passar um conjunto de informações, para que os jovens possam ter estilos de vida saudáveis, estaremos a construir um futuro para este nosso país.”

Comunicação

Já a representante do Fundo das Nações Unidas para a População, Bettina Maas, defende que a criação de uma rede de comunicação juvenil irá permitir a partilha de experiências.

“A própria ideia de fortalecer redes precisa de uma comunicação muito importante. Igualmente esse é um dos pontos mais chave para fortalecer uma rede juvenil lusófona do Afriyan/Yam, precisamente porquê hoje o que une as redes é a língua.”

Intercâmbio

Alguns dos participantes entrevistados pela Rádio ONU em Maputo afirmam que a iniciativa da conferência é interessante, pois irá permitir a troca de experiências entre vários países.

“É interessante, porque assim acabamos descobrindo a visão das pessoas em África, o que todos pensam. Trago novas ideias, vim partilhar o que sei, espero levar algumas coisas boas de cá. Sempre bom reunir jovens num único propósito, porque ficamos a saber que queremos tratar o mesmo assunto”.

A conferência que termina na sexta feira tem como objectivo principal a partilha de estratégias para que mais adolescentes e jovens tenham acesso à informação e a serviços de saúde sexual e reprodutiva e direitos sexuais até 2015.