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Relator da ONU quer que Argentina faça auditoria em sua dívida externa BR

Relator da ONU quer que Argentina faça auditoria em sua dívida externa

Segundo Cephas Lumina, medida trará transparência e irá ajudar a melhorar as condições sociais do povo do país.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O governo da Argentina deve promover um processo de auditoria de sua  dívida externa. A recomendação foi feita por um especialista em direitos humanos da ONU após uma visita oficial ao país.

Cephas Lumina disse que a auditoria irá ajudar a transparência e intensificar os esforços de levar melhores condições sociais ao povo argentino.

Empréstimos

Lumina que é o especialista sobre dívida externa e direitos humanos da ONU encerrou uma viagem oficial à Argentina, na semana passada.

Ele se reuniu com integrantes do governo, representantes do Banco Central e da sociedade civil para debater o tema.

Para o relator, a auditoria deve estar de acordo com os princípios da ONU sobre o assunto e que pedem que cada país faça a auditoria de forma transparente e periódica.

Cephas Lumina acredita também que a medida irá informar ainda sobre as decisões futuras do governo de pedir empréstimos assim como esclarecer a situação dos direitos humanos nos planos de desenvolvimento argentinos.

Recursos

O país foi forçada a lançar mão de suas reservas para manejar a dívida após ter sido excluída dos mercados financeiros internacionais. As reservas baixaram de US$ 50 bilhões para US$ 33 bilhões desde 2005.

O especialista afirmou que se a tendência continuar, o governo argentino terá dificuldades para honrar o pagamento da dívida.

Lumina disse que a Argentina precisa exercer sua políticas de acordo com os tratados internacionais que ratificou usando “o máximo de seus recursos” para assegurar o direito ao alimento, à saúde, à educação, ao trabalho e à previdência social de seus cidadãos.

Para o relator, o governo não pode usar estes recursos para gerenciar a dívida em detrimento dos direitos dos argentinos.

Cephas Lumina deverá apresentar um relatório sobre sua visita à Argentina em março de 2014 ao Conselho de Direitos Humanos.