Após morte de haitianos, OIM pede mais vias legais para migrantes
Trinta morreram no mar do Caribe; para organização, incidente é mais um alerta da urgência de ações que ponham um fim nessas tragédias; refugiados, asilados e desempregados são os que mais arriscam a vida.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, está pedindo mais esforços globais para resolver a situação dos migrantes que arriscam suas vidas no mar.
O apelo da OIM ocorre após 30 haitianos morreram nas Bahamas na segunda-feira. Segundo agências de notícias, o barco em que eles estavam afundou. Mais de 100 pessoas conseguiram ser resgatadas.
Proteção
Para a organização, o incidente é mais um lembrete de que a comunidade internacional precisa desenvolver um plano de proteção aos migrantes.
Em Genebra, a porta-voz da OIM afirmou, esta sexta-feira, que são necessárias medidas urgentes para garantir que essas tragédias fiquem no passado.
Campanhas
Segundo Christiane Berthiaume, a morte dos migrantes haitianos no mar do Caribe e de outros que morrem no Mediterrâneo, no Oceano Índico, no Mar Vermelho ou nos desertos do México e do Saara, são um “chamado para ação da comunidade internacional.”
A OIM pede mais cooperação entre governos na repressão a traficantes e contrabandistas e também mais campanhas de conscientização entre migrantes sobre os perigos do tráfico humano.
Para a organização, os governos precisam reconhecer que a maioria dos migrantes que chegam em um país pelo mar ou terra não são criminosos, mas são refugiados ou pessoas que buscam asilo e precisam de proteção.