ONU quer “esperança delicada” mantida no diálogo israelo-árabe
Assembleia Geral celebrou Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano; presidente do órgão menciona questões de assentamentos e da anexação.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas lançaram um apelo aos governos e aos povos de Israel e da Palestina no sentido de que evitem ações que possam prejudicar a nova ronda de negociações.
A declaração foi feita, esta segunda-feira, pelo presidente da Assembleia Geral. John Ashe falava numa sessão especial do órgão realizada por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano.
Impedimento
O representante pediu que não seja minada o que considerou delicada esperança criada pela ronda negocial. As duas partes foram instadas a abster-se de ações que contrariem o Direito Internacional, que representem grande obstáculo para a paz no Médio Oriente, ou que tornem impossível uma solução de dois Estados.
No seu discurso, Ashe explicou que fazia referência às questões de “assentamentos e da anexação.”
Diálogo
Agências de notícias referem que negociadores israelitas e palestinianos estão envolvidos no diálogo de paz em Jerusalém sob a mediação dos Estados Unidos, desde 14 de agosto.
Trata-se do primeiro encontro entre as partes em cerca de três anos para negociar o fim para o conflito tendo como base a solução de dois Estados.
Na ONU, a data é observada por decisão da Assembleia Geral aprovada em 1977. Desde o ano seguinte, o dia é assinalado anualmente.
Oportunidade
Ashe disse que as negociações devem propiciar uma oportunidade para que a paz crie raízes e possa florescer.
Para tal, o presidente da Assembleia Geral destacou a necessidade de ter conta os “direitos inalienáveis do povo palestiniano,” os quais considerou a chave para a solução do conflito no Médio Oriente.
O representante reiterou o compromisso da Assembleia Geral para uma solução pacífica para a questão palestiniana com base numa solução de dois Estados.