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Novo programa busca recuperar economia filipina após tufão BR

Novo programa busca recuperar economia filipina após tufão

Iniciativa “Dinheiro por Trabalho”, do Programa da ONU para o Desenvolvimento, prevê empregar 200 mil filipinos nos próximos seis meses; eles vão trabalhar na remoção do entulho em várias localidades.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Como parte dos esforços de recuperação das Filipinas após a destruição causada pelo tufão Haiyan, as Nações Unidas estão lançando o programa “Dinheiro por Trabalho”.

A meta é empregar, nos próximos seis meses, 200 mil moradores que vão trabalhar na remoção do entulho de várias localidades do país. A iniciativa é liderada pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

De Manila, a coordenadora humanitária das Nações Unidas nas Filipinas, Luiza Carvalho, explicou que a limpeza já está em andamento em Tacloban, uma das cidades mais atingidas pelo tufão.

Manejo

“Os carros estão tendo que passar todos os dias nas mesmas ruas e a montanha de lixo que tem que ser recolhida é impressionante. Por isso, nós estabelecemos três lugares onde estamos pondo entulho. É muito importante agora, após termos passado por uma fase grande de tratamento, que a gente tenha um correto manejo do dejeto hospitalar, então temos esses três pontos de manejo.”

No fim de semana, 180 pessoas começaram a retirar entulho e lixo de hospitais, escolas e ruas de três bairros bastante danificados em Tacloban.

Benefícios

Segundo o Pnud, a limpeza de ruas e estradas vai facilitar a entrega de ajuda humanitária para comunidades isoladas. Além disso, o pagamento para os 200 mil empregados temporários irá beneficiar suas famílias e injetar dinheiro na economia local.

No programa “Dinheiro por Trabalho”, os filipinos recebem geradores de energia, pás e carrinhos de mão e também são vacinados contra o tétano. A retirada do lixo está incluída em um plano de US$ 20 milhões para recuperação das Filipinas. O dinheiro para o projeto vem do Pnud, do Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU e do governo do Japão.

O tufão Haiyan matou mais de 5,2 mil pessoas e afetou mais de 13 milhões de cidadãos, sendo que 3,5 milhões estão desabrigados. Segundo o Pnud, pelo menos 1,6 mil continuam desaparecidos.