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Brasil quer Conselho de Segurança “mais transparente e responsável” BR

Brasil quer Conselho de Segurança “mais transparente e responsável”

Embaixador Antonio Patriota participa de reunião da Assembleia Geral, que discute o trabalho do Conselho; ele lembra que engajamento do órgão continua sendo vital para a Guiné-Bissau.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A Assembleia Geral da ONU discute nesta quinta-feira um relatório sobre o trabalho do Conselho de Segurança. O documento destaca as ações do órgão realizadas entre agosto de 2012 e julho deste ano.

Representando o Brasil no encontro, o embaixador Antonio Patriota destacou que as decisões do Conselho são tomadas por apenas 15 países, mas estão ligadas a todos os 193 Estados que fazem parte da ONU.

RD Congo

Segundo Patriota, o Brasil acredita ser crucial que o Conselho de Segurança seja “mais transparente e responsável perante a Assembleia Geral”.

O embaixador disse estar satisfeito com os últimos acontecimentos na República Democrática do Congo e elogiou o trabalho da missão da ONU no país, Monusco.

Sobre o Haiti, Patriota disse que a Missão de Estabilização das Nações Unidas, Minustah, continua com o plano gradual e consolidade de reduzir sua força militar no país.

Guiné e Síria

Mas o embaixador notou a falta de progressos no lado político, com “atrasos injustificáveis para a realização das eleições locais”, o que segundo ele, é motivo de preocupação.

A Guiné-Bissau também foi citada por Antonio Patriota, ao afirmar que “o engajamento do Conselho de Segurança continua sendo crucial” para o país africano lusófono.

O embaixador destacou que na próxima semana, o representante da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, vem a Nova York para uma reunião no Conselho sobre a situação no país.

Patriota lamentou ainda a situação na Síria e pediu mais ação contra o aumento do uso de armas convencionais no conflito, que leva mais insegurança e instabilidade para a região.

O embaixador brasileiro também questionou quantos meses mais serão necessários para o Conselho de Segurança adotar uma posição comum contra a militarização da crise síria.