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Unctad pede aposta no emprego jovem nos países menos avançados

Unctad pede aposta no emprego jovem nos países menos avançados

Relatório da agência aponta para cerca de 16 milhões de jovens que ficam sem trabalho nas 49 nações; em 2050 prevê-se que 300 milhões de jovens até aos 24 anos vivam no grupo. 

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Cerca de 16 milhões de jovens em idade para trabalhar perdem o emprego anualmente nos países menos desenvolvidos, revelou a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

A agência aconselha que as 49 nações do bloco deem maior ênfase à criação de mais postos. Os países lusófonos que carregam o estatuto são Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Prícipe e Timor-Leste.

Evolução

Estima-se que em 2050, um em cada quatro jovens do planeta viva num dos também chamados PMAs. O número corresponde a 300 milhões de jovens entre os 15 e 24 anos, no que marca uma evolução em relação aos 168 milhões de 2010.

A agência pede uma rutura com políticas de “procedimentos habituais”, para que haja uma mudança para estimular o crescimento inclusivo e criar “mais e melhores empregos em termos de qualidade.”

O “Relatório LDC 2013” recomenda aos Governos mais esforços para lidar com os subempregados, os empregados vulneráveis ou os que têm salários baixos para melhorar as perspetivas de progresso económico.

Taxas

Caso não sejam criados mais postos de trabalho ou oferecidas oportunidades de emprego decentes para os jovens, a probabilidade é que a pobreza, a instabilidade social e as taxas de migração venham a aumentar.

A agência lembra que em 2005, o Níger tinha 224 mil novos jovens concorrentes ao mercado de trabalho, que devem aumentar cinco vezes para 1,4 milhão, em 2050.

Novos Candidatos

A Etiópia deverá passar para 3,2 milhões no período, dos 1,4 milhão de novos candidatos registados em 2005.

Para melhorar o crescimento do Produto Interno Bruto, PIB, a Unctad diz que a geração de empregos deve ser acompanhada de salários condignos, de condições de trabalho seguras e do investimento para desenvolver as capacidades produtivas.

Apresentação: Denise Costa