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Argumentista de “Notting Hill” assina filme sobre combate à malária

Argumentista de “Notting Hill” assina filme sobre combate à malária

Richard Curtis assina o argumento de “Maria e Marta” que foi exibido na sede do Onusida esta terça-feira; doença mata 650 mil pessoas anualmente, a maioria em África.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Parceria de Combate à Malária organizou esta terça-feira a projeção do filme “Maria e Marta”, escrito pelo consagrado argumentista Richard Curtis, e realizado por Phillip Noyce.

Curtis escreveu o guião dos filmes “Notting Hill”, “Love Actually”, que também realizou, e “Quatro Casamentos e um Funeral”, entre outros.

Crianças e Professores

O filme, que procura consciencializar para a prevenção da malária, enquadra-se na colaboração da ONU com a Comunidade Criativa, assinada em 2009, e que envolve artistas, realizadores de filmes e autores.

O chefe de Relações Exteriores da Parceria de Combate à Malária, Herve Verhoosel, destacou a presença de Curtis na sede do Onusida, em Genebra, para a exibição do filme. Herve falou ainda sobre a situação da doença em África.

Verhoosel lembrou que a malária é a causa principal de abandono escolar por crianças e professores no continente africano.

Liderança Política

A doença tem também impacto sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Ele lembrou ainda que a malária pode ser facilmente prevenida e tratada, mas que para isso é necessário dinheiro e liderança política, entre outros elementos.

O filme já foi exibido em mais de 50 países. “Maria e Marta” mostra que a enfermidade mata 650 mil pessoas por ano, a maioria em África. As consequentes perdas em produtividade são de US$ 12 bilhões.

Grã-Bretanha

O argumentista contou que se começou a interessar pelo tema quando viu a situação dos hospitais africanos e a brutalidade da perda rápida das vidas de tantas crianças.

Curtis lembrou que a prevenção e o combate à doença são simples de fazer, mencionando mosquiteiros e kits de diagnóstico.

Através do filme, a opinião pública da Grã-Bretanha, por exemplo, entendeu que a malária é uma crise que continua a afetar as crianças de verdade e que algo pode ser feito para evitar o problema.

*Apresentação: Denise Costa.