Perspectiva Global Reportagens Humanas

Vítimas nas Filipinas sofrem com criminalidade e falta de combustível BR

Vítimas nas Filipinas sofrem com criminalidade e falta de combustível

Agências humanitárias estão recebendo relato de assaltos a caminhões de donativos; OMS está preocupada com doenças causadas pela contaminação da água.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

Agências humanitárias da ONU informaram que a entrega de alimentos e bens de primeira necessidade às vítimas do tufão nas Filipinas está sendo atrasada por falta de combustível.

Um outro problema é a péssima condição das estradas ainda interditadas por detritos e barreiras após a passagem do Hayian pelo país.

Assaltantes

De acordo com a ONU, há relatos de que vários caminhões que transportam os donativos estão sendo alvos de assaltantes.

Falando a jornalistas, em Genebra, a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Elisabeth Byrs, disse que o combustível durou poucos dias.

Byrs disse que será preciso estocar combustíveis. O PMA também está contratando uma nova frota para distribuir a ajuda. A agência está coordenando o tema com autoridades filipinas. Na quinta-feira, o PMA entregou biscoitos vitaminados para 5 mil pessoas no aeroporto de Tacloban, a cidade mais arrasada pelo ciclone.

De acordo com agências de notícias, pelo menos 3,6 mil pessoas morreram. Inicialmente, foi anunciado um número de 10 mil, mas segundo o governo afirmou que os casos de óbitos são mais baixos que o esperado.

Segundo a ONU, o número de afetados pelo tufão é agora de 11,8 milhões e mais de 920 mil ficaram desabrigados.

A Organização Mundial da Saúde informou que está preocupada com a disseminação de doenças por causa da água contaminada. Cerca de 20 equipes da OMS já estão nas Filipinas para iniciar a vacinação contra o sarampo na próxima semana.

Já o Acnur informou que centenas de milhares de desabrigados precisam urgentemente de tendas. Continua chovendo em algumas áreas do país.

De acordo com as Nações Unidas, mais de US$ 50 milhões já foram recebidos como parte do apelo humanitário de US$ 301 milhões lançado na terça-feira.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.