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Angola recebe US$ 400 mil para iniciativa transfronteiriça Maiombe

Angola recebe US$ 400 mil para iniciativa transfronteiriça Maiombe

Montante doado pela FAO destina-se à conservação da segunda floresta mais importante do mundo; danos anuais ultrapassam 7 milhões de hectares anuais no espaço que envolve mais três países.

Cláudia Longa, de Luanda para a Rádio ONU.*

O Fundo da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, concedeu mais de US$ 400 mil a Angola para a preservação e conservação da floresta situada na província nortenha de Cabinda, envolvendo a bacia do Congo. O montante foi concedido no âmbito de um acordo enquadrado na iniciativa Maiombe.

O entendimento assinado com o Ministério do Ambiente prevê financiar o funcionamento do secretariado executivo e o apoio às populações que vivem ao longo da floresta, tida como a segunda mais importante do mundo depois da Amazónia em termos de diversidade biológica.

Gestão

Falando em Luanda, o representante da FAO em Angola, Mamadou Diallo, explica como será implementado o projeto que visa a gestão sustentável da floresta do Maiombe. 

“Este quadro de cooperação tem como prioridade a gestão sustentável dos recursos naturais de Angola. Mais do que esse quadro de cooperação, o projeto vai acompanhar a política ambiental de Angola, particularmente no que concerne a conservação da biodiversidade, a gestão do ecossistema, o acompanhamento das populações que vivem nas zonas periféricas é um dos maciços florestais e ecossistemas mais importantes de África.”

Impacto

Além de Angola, o maciço do Maiombe abrange a República do Congo, República Democrática do Congo e o Gabão.

Para o Secretário Executivo da Iniciativa Maiombe, Agostinho Chacaia, registam-se avanços significativos para que a iniciativa tenha o impacto desejado pelos Estados-membros.

Cooperação

“Devo dizer que houve muitos progressos o ecossistema já está conhecido estamos a fazer um grande esforço para conhecer as barreiras e também aprimorar os elementos chaves para a conservação da biodiversidade. Neste preciso momento, estamos a trabalhar numa nova legislação num novo acordo outros chamam-lhe tratado outros acham apenas é acordo que vai ser mais vinculativo porque o atual memorando de cooperação deixou de corresponder a todos os anseios dos outros países sobretudo com a entrada do Gabão. Nós achamos que o contexto atual é muito favorável para os quatro países tendo em conta algumas reformas quer nas políticas agrárias digamos nas políticas florestais e isso é um pressuposto fundamental para prossecução dos objetivos da iniciativa.”

Para a FAO trata-se de um investimento para atenuar os impactos e as ações conjugadas das mudanças climáticas e da atividade do homem. Os danos anuais ultrapassam os 7 milhões de hectares de floresta.

*Com reportagem da Rádio Nacional de Angola.