Exclusiva: Heraldo Muñoz
Diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento fala à Rádio ONU sobre a deterioração da segurança na América Latina.
Muñoz que é diretor do Pnud para América Latina e Caribe informou que um dos problemas é a baixa qualidade do crescimento econômico, e a situação demográfica na região considerada a mais urbanizada do mundo.
O ex-embaixador do Chile no Brasil diz ainda que a combinação de armas, tráfico de drogas e abuso de álcool é uma das armas mais letais na região.
Muñoz afirmou ainda que o Estado latino-americano é “muito fraco” e precisa de reformas na área de segurança e justiça.
Roubos triplicaram
O relatório revela ainda que a América Latina é a região mais violenta do mundo em termos de homicídos e roubos. Os roubos aliás triplicaram nos últimos 25 anos.
Ele respondeu ainda a perguntas do repórter Donn Bobb sobre possibilidades de solução para o problema, que segundo Muñoz tem que ser integrada e deve incluir mulheres e jovens.
O Pnud acredita ainda que a América Latina precisa aumentar seus níveis de cooperação regional, que segundo o especialista “ainda não existe”, porque a criminalidade é transnacional.
Criminalidade
Heraldo Muñoz fala sobre o impacto econômico da criminalidade na região. Ao analisar cinco países com a ajuda do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o custo oscila entre 3 a 10 pontos percentuais do PIB.
Uma pesquisa de opinião, encomendada pelo relatório revela ainda que entre 45% e 65% dos cidadãos latino-americanos deixaram de sair de noite com medo da insegurança. E cerca de 13% dos entrevistados tiveram que mudar de bairro por causa da criminalidade.
São Paulo e Minas Gerais
Ele comentou ainda a situação no Brasil dizendo que o país tem registrado avanços importantes em Belo Horizonte no programa “Fica Vivo” que ajudou a diminuir a criminalidade. Heraldo Muñoz citou ainda experiências positivas na redução de crimes em São Paulo.
Mas segundo ele, há indicadores muitos altos em outras áreas da criminalidade que o Brasil precisa enfrentar.
Acompanhe a entrevista à Rádio ONU.
Duração: 6:22”