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ONU faz apelo de US$ 300 milhões para ajudar Filipinas

Agências e parceiros das Nações Unidas vão usar dinheiro para fornecer assistência humanitária às vítimas do tufão Haiyan; calcula-se que 11 milhões de pessoas tenham sido atingidas pela tempestade, 800 mil estão desabrigados.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU e seus parceiros lançaram esta terça-feira um apelo de US$ 301 milhões, quase R$ 700 milhões, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas na semana passada.

O dinheiro será usado para fornecer assistência humanitária para 11 milhões de pessoas afetadas pela tempestade que deixou 800 mil desabrigados.

Necessidade

Segundo as agências da ONU em operação no país, há uma necessidade urgente de água potável, comida, remédios e barracas.

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, Jens Laerke, afirmou que esse apelo inicial cobrirá um período de seis meses.

Laerke falou sobre a necessidade de comunicação na região e disse que muitas áreas continuam inacessíveis.

Problemas

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, disse que precisa de US$ 83 milhões para levar comida a 2,5 milhões de pessoas. A agência está enfrentando problemas para a entrega do material por causa das estradas e pontes destruídas pelo tufão.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, quer US$ 34 milhões para prestar socorro às crianças que sobreviveram à passagem do Haiyan. O Unicef acredita que 4 milhões de menores precisem de ajuda.

Cruz Vermelha

As organizações da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho também fizeram um apelo de emergência de quase US$ 95 milhões de dólares para ajudar aproximadamente 10 milhões de pessoas.

O presidente do escritório da Cruz Vermelha nas Filipinas, Richard Gordon, afirmou que “o cenário no país é de uma profunda devastação”.

Segundo a Cruz Vermelha, o dinheiro será usado para enviar alimentos, água, abrigos e outros suprimentos de necessidade para 100 mil famílias durante 18 meses.

Gordon lembrou que a organização vem respondendo a várias emergências no país, incluindo tufões, enchentes e o terremoto de 7.2 pontos na escala Richter, que atingiu a província de Bohol, no mês passado.

Perdas

O coordenador regional do Escritório da ONU para Redução dos Riscos de Desastre, Unisrd, Jerry Velasquez, afirmou que a perda econômica com o tufão deve ficar entre US$ 12 e US$ 15 bilhões de dólares. 

Segundo Velasquez, muitas casas e prédios construídos na região litorânea não estão preparados para resistir a tufões. Ele explicou que são usados materiais leves nas construções que acabam sofrendo danos extensos em tempestades mais fortes.