Banco Mundial nota resultados de reflorestamento no Rio de Janeiro
Segundo órgão, cidade ganhou créditos de carbono que podem compensar emissões de gases ou ser vendidos no mercado internacional; parceria com prefeitura deve ampliar reflorestamento em morros.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Uma parceria do Banco Mundial com a prefeitura do Rio de Janeiro deve aumentar o reflorestamento em morros e encostas da cidade.
Segundo o órgão, as áreas já reflorestadas geram créditos de carbono que podem compensar as emissões de gases de efeito estufa da cidade ou ser vendidos no mercado internacional.
Canários
O Banco Mundial conversou com a líder comunitária do Morro da Formiga, Nilza Rosa. Segundo ela, animais que haviam desaparecido do morro, como canários, tucanos e macacos, estão aos poucos retornando à área.
O órgão nota que os esforços dos líderes comunitários melhoraram a biodiversidade, diminuíram os riscos de desastres e ajudaram a cidade a reduzir os efeitos da mudança climática.
De acordo com o Banco Mundial, as áreas reflorestadas produzem um clima mais frio, ideal para uma cidade quente e úmida como o Rio de Janeiro.
Emissões
As árvores ajudam a reduzir centenas de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, gerando créditos de carbono. A parceria do Banco Mundial e da prefeitura vai ampliar o reflorestamento nas favelas.
O órgão afirma que 1,2 milhão de pessoas vivem nessas áreas e cerca de 300 mil vivem em situação de risco devido ao desmatamento. A cidade do Rio de Janeiro quer reduzir suas emissões de carbono em 16% até 2016 e em 20% até 2020.