África Subsaariana terá maiores déficits de profissionais de saúde, diz OMS
No Brasil, mais de 1,3 mil representantes do setor debatem Cobertura Universal; 11 países da região não podem ter uma faculdade de medicina.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Mundial da Saúde, OMS, prevê que a África Subsaariana registe os maiores déficits de profissionais de saúde. O desempenho deve ser similar ao da Ásia.
A agência refere que pelo menos 83 países ainda não conseguiram atingir a proporção básica de 23 profissionais de saúde para 10 mil pessoas até 2035.
Força de Trabalho
Entre os desafios para a região estão o da educação e da formação de trabalhadores da área. Os dados constam no relatório “A Verdade Universal: não há Saúde sem uma Força de Trabalho”, divulgado esta segunda-feira.
No total, nos 47 países da África Subsaariana há apenas 168 escolas médicas. Nestes, 11 não podem ter uma faculdade de medicina e 24 contam com apenas uma.
Cobertura
No 3º Fórum Global sobre Recursos Humanos para a Saúde, a decorrer na cidade brasileira de Pernambuco, a agência alertou que a força global do setor da saúde terá um deficit de 12,9 milhões de trabalhadores até 2035.
O evento junta mais de 1,3 mil autoridades de 85 países para debater a Cobertura Universal de Saúde.
Implicações
A OMS afirma que se nada for feito pelos governos e autoridades, essa situação vai ter sérias implicações na saúde de milhares de milhões de pessoas em todo o planeta.
O relatório cita várias causas para a falta de trabalhadores como a reforma ou mudança de emprego em busca de melhores salários. Além disso, o documento diz que não há jovens suficientes a entrar na profissão ou ser formados para trabalhar.
O setor de saúde tem sofrido uma demanda crescente devido ao aumento de doenças como o cancro, aos derrames e aos problemas do coração.
De acordo com a pesquisa, o setor de saúde sofre com falta de mais de 7,2 milhões de funcionários a nível global.
*Apresenatção: Eleutério Guevane.