Ao enviar apoio, ONU pede solidariedade com vítimas do tufão Haiyan
Organização fala de cerca de 9,5 milhões afetados pela tempestade que provocou destruição generalizada e deslocamentos nas Filipinas; número de mortos sobe à medida que equipas de socorro chegam às zonas atingidas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral manifestou-se extremamente preocupado com o impacto do tufão Haiyan nas Filipinas, e pediu à comunidade internacional para continuar a demonstrar solidariedade para com as vítimas.
As Nações Unidas destacam que cerca de 9,8 milhões já foram afetados, além da “subida abrupta de mortos” à medida que as áreas remotas são alcançadas.
Resposta
Localmente denominado tufão Yolanda, a tempestade é considerada uma das maiores ocorridas em terra firme. Agências noticiosas falam de mais de 10 mil mortos devido à tormenta, que assolou o país na manhã de sexta-feira.
Na nota, Ban cita a prontidão da resposta internacional com fundos bilaterais, equipas de socorro e apoios civis e militares.
Abrigos
Nesta segunda-feira, o Programa Mundial de Alimentação, PMA, disse que 400 mil desalojados estão em abrigos, ao anunciar o envio de lotes incluindo suplementos alimentares terapêuticos para crianças.
Falando, de Genebra, a porta-voz da agência, Elisabeth Byrs disse que parte destes está em centros de evacuação. Sendo a prioridade fazer a entrega de comida, de água potável, de medicamentos e de abrigos.
Emergência
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou o envio de kits de emergência com medicamentos e suprimentos para cobrir as necessidades básicas de saúde de 120 mil pessoas num mês.
O lote também inclui suprimentos para realizar 400 intervenções cirúrgicas, além de kits para tratar doenças diarreicas e meios como medicamentos para tratar 3 mil casos.
Crianças
O Fundo da ONU para a Infância diz que é possivel que 4 milhões de crianças tenham sido afetadas. A agência enviou suprimentos adicionais para mais de 10 mil famílias no valor de US$ 1,3 milhões.
Para ilustrar as dificuldades de acesso humanitário devido ao bloqueio de estradas pelos escombros, o PMA disse que uma viagem de 11 km do aeroporto de Tacloban para o centro da cidade dura seis horas.
Saúde Pública
Para as regiões atingidas, a agência disse que segue apoio logístico, equipamento de comunicação e lonas, além de material de higiene para cerca de 13 mil famílias nas áreas afetadas.
A OMS disse que o contributo da agência inclui o reforço do alerta precoce e de rede de resposta para detetar rapidamente surtos e problemas de saúde pública relacionados aos alimentos e aos riscos ambientais.
Nos hospitais, operam equipas médicas coordenadas com o Governo e enviadas pela agência para repor armazéns de artigos médicos que foram danificados.