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Para Brasil, reforma do Conselho de Segurança precisa sair até 2015 BR

Para Brasil, reforma do Conselho de Segurança precisa sair até 2015

Antonio Patriota nota que prazo coincide com aniversário de 70 anos das Nações Unidas; embaixador lembra que país apoia criação de mais assentos permanentes e não permanentes no órgão. 

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Brasil participa da reunião de alto nível na Assembleia Geral da ONU sobre a reforma do Conselho de Segurança. Ao discursar em Nova York, o embaixador Antonio Patriota citou desafios complexos enfrentados pelo Conselho.

Em inglês, Patriota afirmou que “a incapacidade do Conselho de Segurança em fornecer uma solução concreta para o impasse na Síria e a decisão de um país em rejeitar uma cadeira no órgão são sinais claros e preocupantes” da necessidade de reforma.

70 anos

O embaixador referiu-se à Arábia Saudita, que após ser eleito membro rotativo do órgão, decidiu não assumir o assento.

Segundo Antonio Patriota, o Brasil acredita que 2015 representa um prazo adequado para se alcançar um resultado sobre a reforma. O embaixador lembrou que no mesmo ano, as Nações Unidas irão completar 70 anos.

Urgência 

O embaixador destacou ainda que os debates sobre mudanças no Conselho de Segurança já duram duas décadas. Ele afirmou que o Brasil está “ansioso para contribuir com a reforma urgente do Conselho”.

Antonio Patriota disse que o país defende o aumento dos assentos permanentes e não permanentes. O Conselho de Segurança foi estabelecido com a assinatura da Carta das Nações Unidas, em 1945.

Desde então, o órgão tem cinco membros permanentes com poder de veto nas decisões: China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia.

Os outros 10 membros do Conselho são rotativos e eleitos para exercer um mandato de dois anos, cada.

As negociações sobre a reforma da estrutura do órgão envolvem a questão do veto, representação regional, o total de países membros e os metódos de trabalho. O assunto está sendo discutido na Assembleia Geral até esta sexta-feira.