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Para o FMI, setor privado deve liderar crescimento em Timor-Leste

Para o FMI, setor privado deve liderar crescimento em Timor-Leste

Órgão destaca potencial para diversificar a economia, aumentar empregos e reduzir a pobreza; Fundo de Petróleo elogiado por rondar os cerca de US$ 13 mil milhões.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, disse que o próximo passo na economia timorense é gerar uma mudança “de qualidade superior” liderada pelo setor privado.

Para o órgão, a parte da economia deve operar independentemente de contratos com o governo.

Diversificação

Após trabalhar no país, técnicos do FMI defenderam que a medida pode apoiar a diversificação económica, aumentar as oportunidades de emprego e garantir um crescimento com reflexo na redução da pobreza.

O grupo destacou o rápido crescimento médio num ritmo em torno dos 12% de 2008 a 2011. O desempenho timorense é tido como fator por detrás do aumento progressivo do rendimento per capita.

Timor-Leste também foi elogiado pelo que é considerada implementação inclusiva do Plano Estratégico de Desenvolvimento, iniciada em 2011. O projeto visa elevar o país ao estatuto de rendimento médio.

Fundo do Petróleo

O Fundo de Petróleo timorense, que agora ronda em torno de US$ 13 mil milhões, foi igualmente aplaudido pelo órgão.

Mas as reformas para impulsionar o setor privado aliadas à redefinição de prioridades de gastos do governo são vistas como alternativas para permitir um crescimento mais inclusivo e abrangente.

Ambiente Adverso

Os principais riscos identificados para o país lusófono incluem o ritmo fraco de reformas, a má implementação de projetos de infraestruturas chaves ou um ambiente externo adverso.

A realização das eleições gerais de 2012, seguidas da formação de um governo de coligação, depois de 13 anos de sucesso da presença das Nações Unidas, também mereceram nota positiva do FMI.