EUA seguem com convenção para prevenir envenenamento por mercúrio
Pnuma fala de benefícios para grande parte dos habitantes do planeta do documento assinado por 93 países; iniciativa fortalece esforço internacional para reduzir as emissões do metal pesado na atmosfera.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, realçou esta segunda-feira os benefícios a serem colhidos por quase todos os habitantes do mundo com as provisões da Convenção para prevenir o envenenamento por mercúrio.
Em comunicado, o chefe da agência, Achim Steiner, elogiou a decisão norte-americana de firmar e ratificar a iniciativa que reforça o empenho internacional para reduzir as emissões do metal na atmosfera.
Mineração
A Convenção determina o controlo e a redução de uma série de produtos, processos e indústrias que usam o mercúrio. O tratado lida diretamente com as atividades de mineração, exportação e importação do metal e de como armazenar com segurança o mercúrio que é descartado.
O tratado, que é visto como uma importante conquista para a saúde no mundo inteiro, deve entrar em vigor após ter sido ratificado pelos parlamentos de 50 países.
Problemas
Entre os impactos do metal nos seres humanos estão problemas na tireoide e no fígado, tremores e irritabilidade. A poluição causada pelo mercúrio provoca também problemas no coração e nos olhos além da perda de memória.
Segundo o Pnuma, identificar as populações que correm maior risco de contaminação e melhorar a formação dos profissionais de saúde para tratar de tais casos vão resultar da adoção do documento.
A Convenção Minamata foi adotada em outubro em Kumamoto, no Japão, tendo recebido a designação por representar o local onde milhares de pessoas morreram envenenadas por mercúrio em meados do século 20.
De acordo com o Pnuma, 93 países já assinaram o documento e os Estados Unidos estão entre os primeiros a ratificá-lo.
*Apresentação: Eleutério Guevane.